PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

Diversas instituições científicas têm publicado relatórios e bases de dados sobre o Coronavírus. Nesta página. vamos coletar aquelas que se relacionam com as premissas da rede Urbanismo contra o Corona.


IPEA/ITDP Nota Técnica 14 - Mobilidade urbana e o acesso ao Sistema Único de Saúde para casos suspeitos e graves de Covid-19 nas vinte maiores cidades do Brasil

Pereira, Rafael H M, Carlos K. V. Braga, Luciana Mendes Servo, Bernardo Serra, Pedro Amaral, e Nelson Gouveia. 2020. “Mobilidade Urbana e o Acesso Ao Sistema Único de Saúde Para Casos Suspeitos e Graves de Covid-19 Nas Vinte Maiores Cidades Do Brasil.” Nota Técnica IPEA 14 (Abril).

Essa nota técnica avalia a distância (em tempo de deslocamento) de populações vulneráveis aos serviços do SUS para combate ao Covid-19 para 20 cidades brasileiras. O método se baseia na avaliação das distâncias aos centros de saúde que prestam atendimento contra os padrões de localização de pessoas de baixa renda e com mais de 50 anos de idade. Os dados utilizados vêm do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Censo 2010 (atualizados para 2020).
Os resultados, segundo a publicação:


  • 230 mil pessoas moram distantes até de equipamentos de triagem;
  • 1,6 milhão de pessoas moram a mais de 5km de carro de hospitais com UTI e respiradores
  • São apresentadas as localizações das populações vulneráveis para cada uma das cidades
  • O número de leitos de UTI adulto com respiradores é próximo do mínimo para condições normais (1,11/10.000 hab), mas é insuficiente na atual situação de pandemia.
Mapeamento das áreas periféricas vulneráveis em Porto Alegre/RS.

IPEA Nota Técnica 15 - Apontamentos Sobre a Dimensão Territorial Da Pandemia Da Covid-19 e Os Fatores Que Contribuem Para Aumentar a Vulnerabilidade Socioespacial Nas Unidades de Desenvolvimento Humano de Áreas Metropolitanas Brasileiras

Costa, Marco Aurélio, Lizando Lui, Rodrigo Marques dos Santos, Rodrigo Luís Comini Curi, Clayton Gurgel de Albuquerque, Sara Rebello Tavares, e Cleandro Krause. 2020. “Apontamentos Sobre a Dimensão Territorial da Pandemia Da Covid-19 e Os Fatores que Contribuem para Aumentar a Vulnerabilidade Socioespacial nas Unidades de Desenvolvimento Humano de Áreas Metropolitanas Brasileiras.” Nota Técnica IPEA 15. Abril.

Mais informações a seguir.


Mesmo não sendo uma publicação estritamente científica, o Plano de Resposta (UN Habitat COVID-19 Response Plan, publicado em inglês) orienta a atuação global ante à pandemia e as comunidades mais vulneráveis. Assim, está estreitamente alinhada com a atuação da rede Urbanismo contra o Corona. A agência da ONU destaca a vulnerabilidade de moradores de assentamentos informais e comunidades de favela, refugiados e migrantes (domésticos e internacionais). A resposta da agência é orientada em três eixos: 

Resposta em saúde: trabalho conjunto com as autoridades de saúde (OMS e outros) para orientar as políticas de saúde às comunidades informais ou vulneráveis. Isso inclui:ajustar as medidas sanitárias para garantir a subsistência e segurança alimentar; facilitar a colaboração entre entidades locais; conscientizar comunidades para a mudança de comportamento (isolamento social); advogar por anistias e moratórias do pagamento de aluguel, provisão de moradia de emergência para sem-teto e adaptação de edificações subutilizadas para espaços de isolamento; advogar pela manutenção de serviços de transporte nas comunidades informais, observando as restrições ao movimento
Resposta humanitária: prover dados e evidências para tomada de decisão baseada em evidências, incluindo gerar e integrar dados de forma comunitária para orientar as respostas locais; mobilizar rede de parceiros globais para resposta assertiva na coleta, mapeamento e análise de dados, atuando sobre prioridades no acesso à água e saneamento, alimentação, habitação, serviços de saúde e subsistência; acelerar o aprendizado, treinamento e construção de capacidade nas cidades e comunidades sobre preparo, resposta e recuperação ante a crise do COVID-19;
Resposta socioeconômica: mitigar os impactos econômicos nos mercados formais e informais e preparar para a recuperação rápida; ampliar a capacidade financeira dos municípios; apoiar a priorização em todas as áreas da prosperidade urbana; construir uma coalizão multidisciplinar global para pensar as cidades pós-pandemia.

Para a América Latina, a agência destaca os efeitos negativos potenciais no acesso desigual à saúde; na redução dos empregos e da renda (devido à diminuição do comércio internacional e turismo); e aumento da informalidade na economia, com consequente aumento da desigualdade. 


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